Por Ronier Magayewski, mestre cervejeiro e sócio da EZbrew
Fazer cerveja em casa é uma jornada que começa com empolgação e, se tudo der certo, chega a um ponto de refinamento.
Nesse processo, tem um detalhe importante: a evolução não vem só com o tempo, mas com a consciência dos erros. Alguns deles são tão comuns que até passam despercebidos — mas seguem sabotando o resultado no copo.
Aqui vão sete erros que já vi (e cometi) muitas vezes, e que talvez estejam te impedindo de dar o próximo passo.
1. Ignorar a qualidade da água
Muita gente trata a água como se fosse apenas um “meio de transporte” pro malte e pro lúpulo. Mas ela é o principal ingrediente da sua cerveja — e isso não é força de expressão.
O pH da água influencia no pH da mostura e por consequência na eficiência enzimática da mostura.
A composição mineral afeta o perfil sensorial da cerveja (sulfatos realçam amargor, cloretos realçam corpo e doçura).
Cloro livre pode causar um defeito extremamente desagradável, o temido clorofenol (esparadrapo ou band-aid), aí é cerveja pro ralo.
O que fazer:
- Use um filtro como o F3Max da EZbrew
- Se puder, faça um teste de dureza e composição básica.
- Em estilos mais delicados (como Pilsen ou Kölsch), cada detalhe da água fica evidente no resultado.
2. Relaxar demais com a sanitização
Você pode ter a melhor receita do mundo — se der bobeira na sanitização do equipamento, adeus cerveja.
Contaminações por lactobacillus, brettanomyces ou mesmo outros microorganismosselvagens não precisam de muito espaço para estragar tudo.
Algumas não alteram o sabor imediatamente. O problema aparece semanas depois, com carbonatação descontrolada, turbidez ou sabores azedos e estranhos.
O que fazer:
- Adote protocolos fixos de sanitização.
- Use sanitizantes confiáveis (como iodofor ou peracético) e siga as diluições corretamente – conforme o material do seu equipamento. Álcool 70 funciona muito bem com utensílios menores.
- Lave, enxágue com atenção e só depois sanitize.
A diferença entre uma boa cerveja e uma cerveja que vai pro ralo muitas vezes está em 5 minutos a mais de cuidado.
3. Não registrar o processo
Tem brassagem que parece fluir tão bem que a gente nem se dá ao trabalho de anotar. O problema vem quando você tenta repetir a receita — e percebe que não lembra a temperatura exata da mostura, a densidade inicial, o tempo de fervura ou o dry hopping.
Aprender com os próprios erros (e acertos) só é possível com registro.
O que fazer:
- Crie uma ficha padrão com os dados essenciais: temperatura, pH, OG, FG, tempos, lúpulos, fermentação. Ou, melhor ainda, registre suas receitas nos Controlador WIFI da EZbrew e reproduza com facilidade suas receitas.
4. Subestimar o controle da fermentação
Essa é provavelmente a maior virada de chave que um cervejeiro caseiro pode ter.
Fermentação é 70% da cerveja final. Se a levedura trabalhar fora da faixa ideal de temperatura, ela vai gerar compostos indesejados: ésteres excessivos, álcool superior, acetaldeído ou diacetil.
Mesmo variações pequenas (2–3°C) já mudam o perfil da cerveja.
O que fazer:
- Idealmente, tenha um fermentador autorefrigerado e pressurizável, como os da EZbrew.
- Se a levedura recomenda 18–22°C, mantenha estável no dentro da faixa.
- Respeite os dias de atenuação, repouso de diacetil e maturação.
Fermentação bem feita = cerveja limpa, estável e profissional.
5. Tentar fazer receitas complexas antes de dominar o básico
NEIPAs com 3 dry hoppings, RIS com múltiplas adições, Sour com frutas exóticas… Tudo isso é divertido, mas também é um terreno fértil para erro acumulado.
Se você ainda não domina mostura, lavagem, fermentação e sanitização, entrar em estilos complexos pode virar frustração.
O que fazer:
- Foque em estilos base: APA, Blond Ale, Pale Ale, Amber Ale.
- Aprenda a extrair o máximo do simples.
- Quando seu controle estiver afiado, aí sim experimente as ousadias.
6. Trabalhar com equipamentos que não acompanham sua evolução
Se você não começa com um equipamento de qualidade e automatizado, chega rápido o ponto em que o equipamento (ou seria gambiarra?) vira gargalo.
Perda de temperatura entre rampas, falta de controle digital, vazamentos, ajustes manuais… Você não consegue evoluir se o processo técnico te limita. E, convenhamos, vai perder toda vontade de seguir fazendo cerveja.
O que fazer:
- Faça uma análise honesta: o que mais te atrasa hoje?
- Procure equipamentos que tragam controle e repetibilidade, sem tirar a alma artesanal da coisa – como os da linha K da EZbrew.
Dica pessoal: invista em soluções que evoluam com você — que te sirvam tanto hoje quanto se você quiser escalar a produção. Aqui na EZbrew sempre desenvolvemos os equipamentos com essa mentalidade. Inclusive, a EZbrew é a única marca do mercado que garante a compra do seu equipamento usado na troca por um equipamento novo – compromisso de parceria com nossos cervejeiros.
7. Não se conectar com outros cervejeiros
Quando você compartilha resultados, dúvidas e descobertas com outros cervejeiros, você cresce exponencialmente.
Sozinho, o processo é muito mais lento — e mais sujeito a repetir os mesmos erros por muito mais tempo.
O que fazer:
- Participe de grupos, encontros, comunidades. Quem tem uma EZbrew tem garantido o acesso à nossa comunidade fechada.
- Peça feedback real (não só “tá boa”).
- Prove cervejas dos outros com senso crítico e humildade.
Errar faz parte do jogo
Errar faz parte, mas identificar e corrigir o erro é o que separa o cervejeiro que apenas faz, do cervejeiro que evolui.
Se você se viu em um ou mais desses pontos, ótimo sinal: significa que você está na curva certa para melhorar.
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