Saudações, amigo cervejeiro!
Você já esteve em um bar que serve cerveja artesanal, ou então já leu um rótulo e se deparou com a expressão IBU? Caso você ainda não conheça, essa é uma unidade de medida do amargor da cerveja. IBU é International Bitterness Unit, ou em bom português, Unidade Internacional de Amargor.
Sabe aquelas cervejas mais amargas, com um pouco mais de lúpulo, e uma personalidade mais marcante? Essas são as que tem um IBU mais alto. Da mesma forma, aquelas cervejas mais leves, com um menor teor de lúpulo, tem um IBU mais baixo.
O amargor é o tema desse artigo do Blog da EZbrew! Vamos juntos conhecer mais sobre essa característica da nossa bebida predileta e como fazer dela uma grande aliada para a nossa produção cervejeira.
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Por que algumas cervejas são mais amargas que outras?
O lúpulo, ao lado da água e do malte, é um dos ingredientes fundamentais da cerveja. Ele conta com componentes conhecidos como alfa-ácidos, que não se dissolvem na água. Quando fervidos eles se transformam em isso-alfa-ácidos, que (agora sim!) se dissolvem na água, produzindo a sensação de amargor.
Quanto mais tempo o lúpulo passa pelo processo de fervura, mais esses componentes vão deixar a cerveja amarga, elevando o seu IBU. Vale ressaltar que essa medida não revela detalhes sobre o sabor da bebida, mas sim é uma escala de intensidade do amargor.
Para encontrar o IBU de uma cerveja é necessária uma análise química da bebida e para isso é usado um aparelho chamado espectrofotômetro. Uma cerveja mais leve deve ter um IBU por volta de 10 ou 15, já uma bebida encorpada deve ter IBU ou mais. É mais difícil, mas não impossível, encontrar bebidas com 60 IBU ou mais.
Outra curiosidade: o paladar humano só consegue distinguir o amargor até um certo limite, por volta de 100 IBU, de acordo com análises sensoriais. Acima disso nem adianta colocar mais lúpulo porque não há como perceber.
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Percepção do IBU na degustação da cerveja
Em termos bem genéricos, a percepção do sabor da cerveja vem da mistura do malte e do lúpulo, ou seja, da mistura entre o doce e o amargo. Assim, mesmo cervejas com o IBU mais alto, podem não ser tão amargas na degustação se forem usados maltes caramelos, sais como cloretos e sulfatos e leveduras que consumem menos açúcares. A ideia aqui é harmonizar o amargor e o dulçor.
Um bom exemplo disso é a Imperial IPA, uma cerveja que tem 80 IBUe, mesmo assim, tem um final adocicado. Assim, o ideal para quem vai degustar a cerveja é entende-la como um todo, observando outros parâmetros em vez de se atentar apenas à unidade de medida do amargor.
Se você busca uma cerveja mais amarga, pode optar por estilos como as IPAs ou as Pale Ales. Justamente por essa personalidade, essas são bebidas que harmonizam bem com comidas mais picantes, com temperos mais marcantes ou queijos fortes, como o gorgonzola. Experimente um bolo ou um sorvete com uma IPA. Também funciona muito bem!
Por outro lado, se você curte as cervejas menos amargas, uma Pilsen, uma Larger ou uma Weiss vão cair melhor. Elas harmonizam muito bem com pratos como saladas, aves, peixes brancos, frutos do mar e queijos suaves, como o minas e o brie.
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