Dry Hopping: o que é e como é feito?

Olá amigo cervejeiro!

Se você quer saber mais sobre o Dry Hopping, certamente já sabe que ele tem tudo a ver com a adição do lúpulo, e com o amargor, sabor e aroma da sua cerveja artesanal. Três características que sempre queremos trabalhar melhor, certo?

Mais especificamente, o Dry Hopping é a adição do lúpulo após o mosto ser resfriado. Essa técnica nasceu na Inglaterra há século e vem sendo cada vez mais explorada recentemente. Os cervejeiros caseiros da Terra da Rainha tomaram gosto por misturar o lúpulo diretamente no barril, já com a cerveja fria, antes de enviá-la para a cervejaria.

A técnica se espalhou por causa do sabor menos amargo e da leveza do resultado final. Para entender melhor porque isso acontece, é hora de uma pequena aula de biologia e química da cerva!

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Lúpulo: o tempero da sua cerveja

Você não precisa ser um químico ou biólogo para fazer uma boa cerveja, mas conhecer um pouco não faz mal nenhum. Bom, o lúpulo é uma planta da família das Canabináceas, a mesma da Cannabis Sativa. No entanto, diferentemente da sua “prima”, o lúpulo não tem qualidades psicoativas.

Na verdade, ao misturar o lúpulo no mosto, buscamos aroma e sabor, mais ou menos como se ele fosse um tempero para a bebida. Para isso aproveitamos a flor da planta-fêmea. É justamente onde são encontrados os óleos essenciais e as resinas (alfa e beta-ácidos).

Existem diferentes tipos de lúpulo e, é claro, cada um deles vai “fornecer” um gosto, um cheiro e um amargor diferentes para a bebida. Há ainda uma diferenciação a respeito do momento e da forma como o lúpulo é adicionado. Essa é a melhor hora para explicar o Dry Hopping!

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Dry Hopping: lúpulo na fase fria

Os alfa-ácidos se transformam em iso-alfa-ácidos quando são fervidos e é justamente o que traz o sabor amargo para a cerveja (e também um pouco do aroma). Quando não temos o calor, não obtemos os iso-alfa-ácidos. Este é um processo de infusão a frio realizado na fermentação ou na maturação, conhecido como Dry Hopping.

Sem a obtenção dos iso-alfa-ácidos, o amargor é bem mais discreto, mas o aroma do lúpulo segue presente no resultado final, uma cerveja menos amarga e com muito “perfume”!

Quer testar? Experimente misturar um lúpulo com menos de 6% de alfa ácidos durante a fermentação ou a maturação. Alguns bons exemplos são o Cascade, o Crystal, o Willamette, o East Kent Golding, o Fuggle e muitos outros.

Ah! E não se esqueça de mandar pra gente aqui no Blog da EZbrew o resultado da sua experiências. Adoraríamos receber uma garrafa da sua cerveja artesanal, mas só a descrição pelo nosso Fale Conosco já vai servir!

Aproveite a sua cerveja com a família e os amigos e um brinde à sua nova experiência!!!

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