É claro que queremos fazer a melhor cerveja possível, mas se pudermos economizar é sempre bom, não é mesmo? Então o que é mais econômico: fazer cerveja com equipamento à gás ou elétrico?
Veja também: Por que usar Double Vessel e não Single Vessel?
Eficiência Energética na produção de cerveja: A Experiência!
Nós da EZbrew fizemos o teste para descobrir qual é o método que tem a melhor eficiência e o menor gasto energético. Então é necessário explicar como fizemos:
Foram feitas duas experiências, usando a mesma panela, um com o EZbrew C70 (que tem uma resistência de 3.000W) e uma panela de 70 litros sob um fogareiro de alta pressão
.
• Saiba mais sobre o EZbrew C70!
Em cada uma das panelas usamos 30 litros de água. Um teve o aquecimento a gás e no outro usamos a energia elétrica. O teste durou 30 minutos.
O teste foi simultâneo, ao mesmo tempo em que foi ligado o fogareiro da panela a gás, no outro foi acionada a resistência elétrica. A temperatura inicial da água era de 28,5 graus Celsius.
Ambos ficaram ligados por 30 minutos. Após esse período, esperamos mais 3 minutos, tempo para a água se estabilizar, reduzindo o efeito da inércia térmica e garantindo uma melhor leitura de temperatura e maior confiabilidade para o resultado.
Veja também: Vantagens de utilizar equipamento automatizado para produzir cerveja artesanal
Eficiência energética na produção de cerveja: O Resultado!
Antes de apresentar os resultados, é bom entender dois conceitos. As definições são da Wikipedia:
• Calor sensível – É a grandeza física intensiva que define a variação térmica de determinada substância ao receber determinada quantidade de calor.
• Calor latente – É a grandeza física relacionada à quantidade de calor que uma unidade de massa de determinada substância deve receber ou ceder para mudar de fase, ou seja, passar do sólido para o líquido, do líquido para o gasoso e vice-versa.
No nosso teste, usamos como parâmetro o conceito de calor sensível. Para ficar ainda mais claro: quando falamos em calor sensível da água, é necessária uma caloria para que cada grama de água aumente a temperatura em 1 grau.
Ao fim dos 30 minutos, a temperatura da água na panela aquecida a gás foi dos 28,5 aos 84 graus, um ganho 55,5 graus. Já na panela aquecida com a resistência elétrica, o ganho de temperatura foi menor, de 32,5 graus (dos 28,5 aos 61 graus).
Isso significa que no experimento a gás, a cada minuto a temperatura da água subia 1,85 grau. Enquanto isso, na panela elétrica o ganho de temperatura por minuto foi de 1,08 grau. Ou seja, em termos de tempo, o aquecimento a gás foi mais rápido do que a energia elétrica.
Por outro lado, o risco de caramelização do mosto em nosso equipamento é bem menor, pois dimensionamos a potência para aquecer no máximo 1 grau por minuto. E em aquecimentos muito intensos temos o problemas em medir a temperatura: essa variação mais rápida tornará o controle de temperatura com exatidão mais difícil.
Pesamos o botijão de gás antes e depois do experimento. A diferença entre os pesos inicial e final foi de 340 gramas. Se imaginarmos um preço do botijão em R$ 130,00 (em março de 2022), isso representa que cada quilo do gás fica em R$ 10,00. Ou seja, foram gastos R$ 3,40 reais em gás nos trinta minutos de experimento.
Já no aquecimento elétrico, foram consumidos 1,36 KW/h. O custo do KW/h em Palhoça-SC (onde foi conduzido o experimento) foi de R$ 1,12 (em março de 2022). Ou seja, o custo com energia elétrica foi de R$ 1,53 no ensaio.
Fazendo as contas, o custo para aquecer em um grau centígrado cada litro de água ficou assim:
• R$ 0,00204 com o aquecimento a gás;
• R$ 0,00157 com o aquecimento elétrico.
Veja também: Acessórios para produção de cerveja que todo mestre cervejeiro precisa ter
Conclusões
Então podemos concluir que o equipamento com aquecimento elétrico é 23% mais econômico do que o a gás, vencendo com ampla vantagem o comparativo de eficiência energética. Além disso, como o calor é gerado dentro do equipamento, acabamos aproveitando quase 100% do calor produzido e deixando o ambiente de brassagem muito mais confortável. A única desvantagem é o risco de uma queda de energia durante a brasagem.
Já o aquecimento a gás, pouco calor gerado é efetivamente usado para aquecer a água. A maior parte do calor é desperdiçado para o ambiente, deixando o local onde você está fazendo cerveja muito mais quente e muito mais desconfortável quando comparado com os equipamentos elétricos.
E já imaginou faltar gás no meio da brassagem? Você terá que largar tudo e ir atrás de um botijão novo. Botijões com meia carga também costumam ser um problema. Com a perda de pressão, muitas vezes não conseguimos manter uma fervura quando se usa aqueles queimadores de alta pressão. Se você tiver que trocar um botijão com um resto de gás, é prejuízo na certa!
As conclusões deste experimento valem para março de 2022. As contas podem variar em função de alterações de preços destes dois insumos, mas acreditamos que o equipamento elétrico além de muito mais seguro, ganha de lavada quando o assunto é eficiência energética!
E aí, você também achava que gás era mais barato?
Veja também: Cerveja na garrafa pet: vale a pena usar este recipiente?
Se você quiser saber mais detalhes, o tema da eficiência energética confira a live completa que fizemos no nosso Canal do Youtube sobre o tema:
Vem com a gente!
Com mais informações produzimos melhor. Por isso, não deixe de conhecer mais sobre o universo cervejeiro no Canal da EZbrew no Youtube e aqui no Blog da EZbrew. Navegue também pelos equipamentos e acessórios EZbrew.
Entre em contato agora mesmo com nossa equipe de cervejeiros e torne-se um EZbrewer. Venha fazer parte do melhor grupo cervejeiro do Brasil.